O fato de não ter vendido jogadores titulares para o exterior somado às quedas precoces na Libertadores e na Copa do Brasil detonaram as contas do São Paulo em 2019. A ponto de o clube ter registrado até agosto um déficit de R$ 77 milhões em 2019. Procurado pelo Blog, o departamento financeiro do Tricolor, por meio da assessoria de imprensa, justificou que o resultado ruim também tem a ver com o lançamento de todas as contingências e acordos judiciais dos últimos 16 anos.
A dívida são-paulina cresceu em R$ 152 milhões após oito meses, saltando de R$ 274 milhões para R$ 426 milhões. Todos esses números fazem parte de um relatório financeiro enviado pelo clube para os membros do Conselho Deliberativo.
Também de acordo com o documento, o São Paulo cumpriu à risca as despesas, estipuladas em R$ 315 milhões. Porém, em relação às receitas, o Tricolor só foi capaz de arrecadar 67% daquilo que havia planejado de janeiro a agosto.
A estimativa era de faturar cerca de R$ 118 milhões com TV, bilheteria e outras receitas ligadas ao futebol, mas só entraram nos cofres R$ 65 milhões, ou seja, R$ 53 milhões a menos.
O faturamento com venda de jogadores também ficou bem abaixo dos R$ 121 milhões projetados. O São Paulo arrecadou R$ 71 milhões, faltando outros R$ 50 milhões em aproximadamente dois meses – lembrando que a janela de transferências mais forte na Europa é de julho e agosto.
Os péssimos dados devem render pressão ao presidente Leco. Pessoas ligadas à diretoria garantem que os números do segundo semestre serão melhores a partir da entrada de receitas da TV, ligadas ao Brasileirão, previstas para estes meses.
A previsão no São Paulo era de superávit pouco superior a R$ 1 milhão para 2019. Em 2018, o clube fechou no azul em R$ 7 milhões e em 2017, com superávit de R$ 800 mil.
Blog do Jorge Nicola
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